agora e na hora da nossa vida


Acredite-se ou não num deus ou em deuses há uma experiência que se pode dizer religiosa. Religiosa no sentido em que é inefável, que se produz no cérebro, na mente e de que se tem consciência. Não tivessemos cérebro e pronto, tudo isto estaria resolvido. A morte que nos escuta, ou a eminência dela, a consciência dela, ou a realidade dela, provoca essa experiência religiosa. Vai de nos pormos a pensar. Num tempo para trás e para a frente, que começa e termina. Antes e depois nem o nada existe para quem falece. Para ti também. Se isto começa onde começaram os outros atrás de mim e onde acabará. Certo que não falamos no infinito. Mas falamos do começo. Para a frente estarão outros que te vão sucedendo, faz mais sentido. Para trás é que a porca torce o rabo. Conceber que algo vem de nada, faz moça, nem a Ciência o admite quanto mais.

Noutros caso, podemos bem dizer que essas são não-perguntas. Se a pergunta não existe a reposta também não. E segues. Para a maioria a questão é só essa. E não descansas enquanto não concebes uma história. E há aos montes, mais ou menos criativas. Fica-se descansado quando lhe chamamos Deus e dizemos que é esse o culpado. Ou quando atribuimos a diversos deuses as cores da vida. Mesmo esse Deus único tem cores e tonalidades. Ele pode ser extra-não-humano ou pode ser semelhante a nós e viver tal como cada. Ou ainda estar a meio caminho do céu e da terra. Há quem o procure na meditação e descreva essas práticas, as repita para que outros confirmem. Aqui não vai longe da Ciência, são bem semelhantes, Ciência e Religião. A busca do uno, responsável por tudo o que se avista é uma obra de milhares de anos.

Agora e na hora da nossa morte, nunca mais nos veremos., até que tu morras também e a memória de mim desapareça e nada existe, nem mesmo esse nada existe. Nem mesmo existe esse-nada-existe. Nem mesmo existe esse existe-esse-nada-existe.

Vai dai e catrapuz. Fez-se luz. Parece que a coisa pode ser bem diferente. Esta complexidade de partículas (de que ainda sabemos pouco), talvez melhor será dizer: esta complexidade de matéria gera nichos de ordem, energia e vida. Vai mais por ai.

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