há uma geografia que descobrimos quando os entes mais queridos se vão, é a emocional. São como cordas que se partem sem fazer barulho, mas que nos encolhem essa geografia de modo drástico e duradouro, ao ponto de nos afectar também a nossa geografia física, ao ponto de nos dar um pontapé do qual não nos safamos nunca. Apenas aprendemos a circundar esse vazio, se tivermos sorte de o conseguir fazer.
O vazio vai-se tornando mais pequeno, até desaparecer e deixar uma luz colorida que fica para sempre. Aí vais começando a sentir que tiveste muita sorte em ter tido uma relação assim, em ter conhecido um ser humano maravilhoso que partilhou parte do seu brilho contigo, que te aqueceu horas de Inverno e que te fez pensar que valeu a pena cá estar.
a pena, é que não haja outro, mas pelo menos houve este muito especial. Sorte terei eu se conseguir ser especial para outro
Nunca sabemos o que significamos para os outros. Nem eles o sabem completamente. Só saberão quando, ou se, nós lhe faltarmos. O importante é tentar suavizar a vida deles, porque a nossa também se torna então melhor.
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