Há um rio submerso depressivo, nostálgico e silencioso, que escolhe todos mas não tem nome, é onde somos reis e rainhas, heróis maiores que os outros heróis, onde perguntamos quem somos e para onde vamos, nas margens do qual vivemos sozinhos e morremos sozinhos.
Etiqueta: viver
sem ver o Sol podes viver. sem deixares entrar luz não deixas viver nem vives. se alguém souber abrir estas portadas bem faria. viveria e faria viver. ou melhor ainda, faria sorrir.
a cela que te encerra ou o que foste capaz de fazer
Sei ficar zangado. Sei que o mundo é mais complicado. Talvez não tenha é a consciência disso. Saber isso e ter consciência disso são duas coisas diferentes. Mais complicado se torna quando nos vamos debruçando sobre a sua loucura. E se pensamos muito, a coisa é tão intricada. Melhor é parar nalgum momento. E depois também custa fazer uma representação. Custa não ser sincero e trivial. Aceitar o teatro é difícil, vestir uma cara diferente, treinar uma cara diferente, consistente, é ainda mais difícil. Representar todos os dias, a cada minuto, personagens diferentes é outro sumo. Há um extremo de tudo isso: a mentira.
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momento
Com quem dançaste ontem à noite?
Com quem falaste ontem ao fim do dia?
O que pensaste de manhã?
E anteontem, o que imaginaste?
Será que tu também vês as paredes que nos rodeiam
será que também sentes a caixa em que vivemos
será que te apercebes que essa caixa encerra a razão
aquela razão que nos atira
num ou noutro sentido: viver ou não.
Junho de 2001, Franz E.
fuga
vivemos em fuga, a uma velocidade vertiginosa, sem paragens. Fugimos de quê, e para onde podemos fazê-lo? A resolver alguma coisa é aqui, neste quase-esfera colorida no meio de nenhures. É o fast-living ao mesmo tempo que o fast-food, mas não em todo o lado. Alguns já começam a redescobrir o campo.Outros sempre viveram por lá.
Pensava que era este o sistema que melhor redistribuía a riqueza, afinal, parece complexo demais. Não acho. Parece-me antes que, em Portugal, teremos de associar à Democracia, uma gestão mais horizontal para que mais cabeças possam decidir. Teremos que associar à Democracia, transparência para que os chico-espertos não se apoderem da sombra para negociar.