O Fraco

[se vais à vida, vai com o peito de frente e o corpo todo por diante, sem adiar seja o que for, que envelhecer é possível e morrer certo.]

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vertice2

certinho

vieste hoje dizer-me que não. que não é possível. que não faz sentido. melhor é ficares ai sentadinho à luz do ordenado certinho. ora os inhos são simpáticos mas não te fazem, não fazes, não me fazem.

não é que os inhos dos outros me causem repulsa. nem sou contra eles. cada um tem os seus. mas eu não gosto dos meus. e por isso vim dar o que já está feito. um livro. meu. só meu. cozinhado, escrito e empratado por mim. sem tirar nem pôr. do princípio ao fim.

o único desejo agora é o mesmo que desejamos aos filhos. se ganharam pernas, que andem por si, só por si. se for ao contrário, pois tristes ficamos mas o mundo não se importa com isso. só eu. só eu me importo.

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O Fraco, versão do meio
O Fraco, versão do meio

escritor

escritor à noite e ao fim de semana, sem nenhum livro publicado, só em pdf, um blog e muitas leituras de poucos autores. Esse desmaio não impede de seguir escritor, é assim que se sente, no caminho do maior entre o maior, é uma loucura, certo, é uma loucura.

imperfeito

sei-lhe o fim. Foi hoje, empoleirado no vazio, que o meu cérebro chutou para fora e vai ser mesmo assim o final de “O Fraco”. Uma treta de livro que me rouba a paz vai mais para bem perto de vinte anos. E é simples claro. Não és um fraco, és imperfeito. Bem certo, disse-lhe a ave.

Imperfeito. Como tudo o que fazes ou fizeste ou vais fazer. Como imperfeito são as mulheres e os homens. As crianças e os jovens. Tudo. Disseste tu e sei eu. Que fraco me sinto, mas que fraco não sou, só imperfeito.

pés de caminho

estou certo que são livros, vão-se enfileirando, sossegados, sem medo do tempo, nem pavor do que disseres sobre eles, seguem seguindo com pés de caminho, seja para serem esquecidos no mesmo segundo seja para serem guardados por guardas de peito sério. A mim só me preocupa que te levem um resto de humano quando tudo parece ruir.