caducidade

Não sei o que se entende aqui por caducidade, mas se for o que entendo, análogo ao armário com cheiro a mofo, apetece-me dizer que é muito provável que nos aconteça o mesmo. Aos outros aconteceu assim. Envelhecer significa que a tua geografia emocional vai desaparecendo. Alguém dizia que: “com esta idade, os amigos mais próximos já não estão, e os mais novos têm outra vida que não entendo… sempre com as tecnologias pelo meio.” E não sei se é possível controlar isso, mantermo-nos ativos: há quem tenha essas ganas, bem sei, resta saber se nascemos com isso ou não: resta saber se nascemos com a capacidade de não nos aninharmos na falta de sentido, natural, da vida. O que quer dizer que, para viver , é preciso muita coragem. Muita.

liberdade

300px-Federica_MontsenyPensem os inimigos da liberdade o que pensarem uma sociedade trás em si o embrião de uma nova ordem que lhe sucede.

Federica Montesory, https://pt.wikipedia.org/wiki/Federica_Montseny

 

E  história repete-se, descrito num excelente documentário que passou, obviamente, na RTP 2.

Ao que parece, já ninguém, ou poucos procuram, como Federica o fez, em ser cultos e adultos. Preferimos, em geral, permanecer numa adolescência crónica que invadiu tudo. Parece que temos medo desse mundo do lado de lá. Os outros ficam calados e nada fazem, nem escrevendo uma linha quanto mais alertarem para o que ai vem. Falo dos salazarismo, franquismos, hitlerismo, stalinismos, etc.

Adiante. Muitos como Federica, sofreram, outros sofreram ainda mais e muitos pagaram com a vida. Ao que parece esses tempos estão a voltar. E haverá outras Federicas, e outros e outras ainda que vão ficar esquecidos/esquecidas na história, sem direito a um documentário, mas que se orglharam de lutar pela liberdade. Vamos ver como vais tu reagir?

O primeiro Holocausto

Durou vários anos, antes e depois da I Guerra Mundial, e matou quase 1,5 milhões de arménios. A prova podes buscá-la com as mãos. No monte de Margana, nas águas do Habur. As pessoas atadas, desnutridas, famintas, cansadas e nuas eram colocadas num monte acima do rio. Dava-se um tiro numa e o corpo inerte arrastava as outras.

“Quando afastei com os dedos a terra do outro lado da ravina, apareceu um esqueleto inteiro”. Isabell Ellsen, fotógrafa do The Independent, descobriu a prova terrível, passou a mão pela “terra castanha e ficou a olhar para um crânio.”

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