
Para quem pode seguir estas linhas que o faça. Há quem não possa. Não saiba. Nem sequer faça parte do imaginário. Por pobreza, também vai quem não pode. Por estar de mão atadas a afazeres impossíveis de delegar noutros, igualmente. Quem puder, faça favor. Eu não posso. Há estacas amarradas ao meu corpo, algumas cravadas, outras soltas, todas fazem com que os pés não toquem no chão, quanto mais me façam caminhar, sequer imaginar caminhar a não ser ao passado, esse esconso lugar quente, onde te enroscas seguro, ouves vozes mudas, de outros tempos, vozes que te fazem respirar. Quem puder, por favor, faça-o.