nesse dia, fugi como um cão danado, cansado, farto, derrotado, não morreria, bem certo, vi-te os olhos, filha, era tarde, numa rua que desce, uma tristeza que afunda mais do que eu, nesses teus escuros olhos, de uma ternura jamais, uma mão pequena, um adeus leve, “quem me vai ler as histórias, pai?” Essas palavras trespassam como uma vara de ferro, sem matar, sangras pela vida toda, sem dizer a ninguém. Em silêncio. Um silêncio que não querias conhecer, nem sabias que existia.
