Esse “acordo verde” significa uma alteração por completo do nosso estilo de vida, antes era apenas o ocidental, agora podemos dizer que é o estilo de vida das grandes cidades e arredores. Há quem não se importe que isto se transforme em Vénus e há outros que acham que devemos preocupar-nos em deixar a Terra para as próximas gerações. Contudo, uns e outros, em geral, preocupam-se pouco com o seu estilo de vida próprio que comporta uma pegada ecológica gigantesca. Quer dizer, os outros é que estão a prevaricar, mas eu posso seguir neste automóvel mesmo que pudesse ter vindo a pé. Todos nós gastamos recursos gigantescos. Só vejo atitudes ecológicas quando seguimos para o interior dos países, onde os recursos, a riqueza, é muito menor. Só quando o custo da gasolina for alto é que passamos a andar de bicicleta. Quer dizer, vivemos depressa de mais. Vivemos o totalitarismo da pressa, cavalgando sobre o tempo: e quando paramos, nem nos lembramos do que estivemos a fazer lá atrás. E porque haveremos de viver assim tão rápido? Porque temos de chegar à próxima cidade em 3 horas? Em 12 ou em uma semana, não chegava? É este puzzle que não entendo: qual é a razão de queremos sempre mais e mais depressa. Sobreviveríamos na mesma.