Veêm-se de quando em vez. Trocam um beijo e um olá, falam do tempo e ele pede-lhe um café. Os olhos sorriem, o corpo contorce-se e ela ajeita o cabelo, o sorriso fica por ali à espera da deixa dele. Fazem amor sim, nestes exiguos instantes, já me convenci disso, ao fim de tantos anos a vê-los, são os dois casados e gostam-se de olhar. Nota-se. Mas não é triste, não, são os dois de família, e sabem disso, é mais importante do que se esconderem numa casa para trocar de corpo. Não, não, não é amor.
Se não é, tem uma serventia outra. Vai saber
serventia? Não compreendo.
Se não é amor (faltou o amor na minha frase) deve ter uma outra serventia, como prazer, passagem, espera. Pelo menos foi o que compreendi do texto
é qualquer coisa que não sei dizer, eu só vejo, era bom que pudesse entrar nas duas cabelas…
Se não é amor , talvez seja uma atração mútua ou uma forte simpatia.
que interessa não é? Se os dois se dão muito bem, não fazem mal um ao outro…
Realmente, o que importa é o modo de se relacionar !
Maravilhosa a forma como escreve. E sem contar que as primeiras três frases dizem-me bastante.
obrigado! Às vezes acerto! 😉