-“Sabes… ” – Segui-lhe o olhar para me certificar de que era seguro falar agora, segui-lhe os braços, vi-lhe as mãos entrelaçadas.
-“Sim … ” – Ela já sabia. Aquele “sim” cansado de esperar.
-”Queria convidar-te para ir ao cinema… trabalhamos tanto… fechamos isto e vamos divertir-nos um pouco.” – Consegui não dizer tudo. Adiei. Verdade sim. Adiei. É que não consigo. No meio deste fervor todo, as palavras ficam engasgadas não sei onde. Não as consigo resgatar. E mais. É que ela já sabia. Fico refém do que vou dizer e dessa intuição feminina e sem reconhecer que são elas que escolhem, são elas que entrevistam muitos, querem conhecê-los, recolher informação, como se soubessem tudo, donas da verdade e do futuro. Ela já sabia. E eu aqui como um cãozinho estúpido.
7ª parte, O Fraco
Uma questão de personalidade. Não de fraqueza.
bem pode ser. quem se diz fraco é mesmo ele
Claro!
o que importa é mesmo a percepção individual, o modo como lidas com isso e se o consegues ultrapassar, ou seja, crescer. são preconceitos, penso.
Concordo ctgo.