morrer


a nossa geografia emocional encolhe e empobrece quando os que estão mais perto desaparecem da vista. Há quem diga que estamos a crescer e a vida, essa passa a ter outro sentido, que é o mesmo que dizer que, não tem sentido nenhum. A ter sentido, és tu que o defines e decides se o persegues ou não. De facto, a quem parte não se diz nada, a quem fica diz-se que tenhas força, coragem, a vida é mesmo assim, remata-se. Cheque-mate. Fazes o luto, choras se fores capaz, e pensas que te falta pouco, pode até acontecer amanhã ou agora mesmo. A viver que vivas por inteiro, mais do que fizeste até aqui, pois mas o que queríamos era mesmo viver mais. E quando for, que seja rápido, sem sofrimento, sem delongas, nem em modo vegetal. Parece que ficámos insensíveis, nada é importante e tudo se esvazia. Não te morreu um amigo? Sim, mas não lhe posso nada. E depois, levantas-te, que a vida é para se viver fora do sofá, como quem parte o faria, e quererá que o façamos.

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