Ao morrer, o que o surpreendeu mais não foi o facto, foi a evidência, “Deus não existe”. Era católico. Ficou também a saber que sem essa fé não lhe teria sido possível sobreviver. Deixou-se ficar como foi toda a vida, católico. Que interesse teria de mudar neste preciso momento, ao morrer, se para onde ia, não havia lugar, nem tempo, nem passado, nem futuro, e menos ainda presente. Nada. Nem mesmo nada havia.