O que vamos decidir?


Se me sentei aqui foi para observar. E fi-lo distraído, sem método, sem ser sistemático, sem seguir um plano ou uma estratégia, e só descobri tarde que não vale a pena corrermos atrás de muitos objectivos: não alcançamos nenhum. O ditado popular é bem certo: “Quem muitos burros toca, algum há-de ficar para trás”.

É preciso ter a coragem para optar. E optei, só agora, é certo, mas decidi. Vale mais tarde do que nunca. Optei por me dedicar ao ser humano. Observá-lo, e dizer-lhe, nos livros, qual é a minha opinião sobre o que se vem passando.

Tudo seria imperfeito se fossemos um só, com muitos é uma salganhada imperfeita mas funciona: é isso que impressiona, funciona, ou pelo menos tem funcionado: da complexidade caótica existem ilhas padrão onde existe alguma ordem e é possível viver.

Bom, mas parece-me a mim que chegamos a um ponto de mudança; o modo ocidental de ser, está a espalhar-se e a esgotar o planeta. Se temos o lado positivo: a liberdade, a justiça, a educação e a tolerância, também temos o negativo, o nosso modo de vida é pouco adaptado à natureza: gasta a natureza e pouco lhe devolve.

Há muitos anos atrás vi um filme em que um dos personagens tinha uma atitude interessante: sempre que bebia água vertia alguma para o chão, dizia que tínhamos que devolver alguma coisa à mãe Terra, para podermos continuar a viver.

Mais do que devolver à mãe terra, é preciso não lhe gastar os recursos tão depressa como o estamos a fazer. A humanidade tem um desafio, uma escolha a fazer: vai continuar nesta  velocidade ou vai diminuí-la para metade. Queremos continuar a viajar a 120 km/h ou a 60 km/h? Queremos continuar a gastar energia ou metade dela? Queremos sorver os recursos como até aqui ou metade deles? Queremos continuar a produzir lixo nesta quantidade ou metade dele?

Alguns de nós, pensam que havemos de continuar assim, para além de ser mais confortável é mais divertido, mantém os padrões de felicidade e faz-me importante ter coisas: se a vida se vai apagar, que interessa, goze-se. Outros pensam que é importante evitar o sofrimento das guerras e da fome, porque a falta de água, de energia e de recursos cai aí!

No fundo,  quer uma opção, quer a outra, têm argumentos fortes, resta saber qual a que vamos, em conjunto, escolher? Eu tenho quase a certeza da escolha, as tendências são essas: termos uma pegada cada vez mais ecológica. É o que eu escolho também. Leva tempo, mas é por ai que vamos. Com que política, com que organização, não sei, mas precisamos de descobrir algo que leve as pessoas à mesa das negociações.

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