Quando se cala um homem, não porque não queira falar, mas porque o obrigam, porque se esconde da maioria, porque o cobrem de terra, ou porque lhe cruzam uma bala no peito…
Quando se cala um homem por isso, podem secar-lhe a voz, mas não lhe secam a alma, nem os olhos que viram ou o corpo que sentiu: essa injustiça que se estende no tempo, em ambas as direcções, e no espaço em todos os continentes.
Se alguém deixou escrito, se alguém memorizou, se alguém guardou, se alguém disse, esse que calaram grita hoje: injustiça!